Festa junina quebra a rotina e valoriza o trabalho dos custodiados
Maysa Ferreira - estagiária - SGAP
Nessa quarta-feira (22), aconteceu a comemoração junina dos reeducandos que trabalham nas oficinas de laborterapia da Fábrica de Esperança. Para animar a festa, o côco-de-roda da comunidade do Benedito Bentes fez uma apresentação especial, além de brincadeiras como: corrida com ovos, pescaria, brincadeira de derrubar garrafas, e muitas outras. As comidas típicas servidas na festa foram produzidas pelos custodiados com o milho colhido na própria roça do sistema penitenciário.
Além das atividades propostas, o grande diferencial dessa festa foi interação entre os reeducandos. Esse foi o primeiro evento onde homens e mulheres que cumprem pena puderam se socializar. Aproximadamente 100 custodiados participaram da comemoração junina.
“Essa festa é uma oportunidade maravilhosa para que a gente trabalhe a valorização dos presos. Eles são pessoas normais e durante algumas datas comemorativas como ano novo, carnaval,natal, sentem falta de interagir com outras pessoas. Quando realizamos essas comemorações eles as vêem como uma oportunidade de sair da rotina”, disse Iraneide Pereira, coordenadora de artesanato da Fábrica de Esperança.
Normalmente os reeducandos iniciam os trabalhos pela manhã e só vão embora da oficina às 15 horas. Uma atividade que os beneficia diretamente, seja pela redução do tempo de pena ou pelo simples fato de aprenderem um ofício que poderá ser desenvolvido por eles quando estiverem em liberdade. Mas a rotina de trabalho acaba se tornando cansativa.
“Já existe o interesse da diretoria da Superintendência Geral de Administração Penitenciária (Sgap) que todos os eventos festivos anuais sejam comemorados. Isso acontece porque ao mesmo tempo em que os reeducandos se sentem lembrados, é também uma forma de sair da rotina, melhorando até o nível da produção realizada”, disse Sérgio Almeida.
Segundo a gerente de Produção e Laborterapia, Chintya Moreno que teve a idéia da realizar o Arraiá da Esperança, vão ser realizadas novas oficinas com o objetivo de despertar o interesse dos reeducandos para o trabalho. “Nós já temos alguns instrumentos para começar uma turma de musicaterapia, e se tudo der certo, no começo de julho vamos iniciar uma oficina de instrumentos de percussão”, afirmou.