Núcleo vai ganhar oficina de montagem e reciclagem de computadores

Secretários de Estado visitam nova unidade e discutem formas para ampliar o esforço de ressocialização
Secretários e superintendente de Administração Penitenciária vão criar com apoio de cooperativa oficinas para conserto e reciclagem de computadores

Ascom/Seds

Inaugurado recentemente pelo governo do Estado, o Núcleo Ressocializador da Capital já começa a receber os primeiros reeducandos vindos de outras unidades do sistema penitenciário. Já com uma completa oficina para formar profissionais para a área de construção civil, o Núcleo deverá ganhar uma unidade para consertos, montagem e reciclagem de computadores frutos de doação, dentro de um projeto de Inclusão Digital.

A iniciativa foi discutida nesta terça-feira (16) durante reunião entre os secretários da Defesa Social, Dário Cesar, o secretário de Ciência e Tecnologia, Eduardo Setton e do Trabalho Emprego e Renda, Herbett Mota. Participaram também do encontro, o superintendente geral de Administração Penitenciária, tenente-coronel Carlos Luna, superintendente adjunto, tenente-coronel Marco Sérgio, dirigentes da cooperativa Macrocop, que trabalham com montagem de computadores inutilizados.

O secretário Eduardo Setton reafirmou a parceria junto à Secretaria de Defesa Social e se colocou à disposição, além de ter sido o idealizador da reunião. “ É emocionante as histórias que ouvimos aqui e precisamos unir forças para concretizarmos a reinserção dessas pessoas à sociedade, a inclusão digital é uma forma”, declarou Setton.

“Estamos buscando parcerias junto a órgãos públicos e instituições privadas para que o Núcleo Ressocializador possa cumprir com o objetivo principal, que é de proporcionar meios para que os reeducandos tenham oportunidades de trabalho lá fora, para evitar que eles sejam reincidentes”, afirmou Dário Cesar.

Para o secretário, todos os esforços estão sendo feitos pela Defesa Social e Administração Penitenciária para reduzir a reincidência criminal por parte de egressos do sistema prisional alagoano, a fim de minimizar os problemas de violência vivenciados pela sociedade. “A implantação do Núcleo Ressocializador é uma prova desse esforço; por isso toda ajuda é bem vinda para todos nós”, ressaltou.

“Com o Núcleo Ressocializador o Estado de Alagoas quebra paradigmas, pois colocamos em prática um modelo de respeito para os reeducandos trabalhadores, que agora passam a ter condições de voltar a conviver na sociedade, após cumprirem suas penas”, disse o superintendente adjunto da Sgap, acrescentando que o Núcleo – que funciona no antigo presídio Rubens Quintella – atende totalmente às determinações da Lei de Execuções Penais.

Para o reeducando Samarone Feliciano, 29 anos - que cumpre sua pena no módulo do trabalhador -, o novo espaço representa mais uma proposta de ressocialização oferecida pelo Estado, para que eles possam cumprir suas penas com dignidade.

“Espero sair daqui com uma nova mentalidade de vida para poder trabalhar lá fora e sustentar minha família, sem sofrer nenhum tipo de discriminação”, disse ele, que trabalha atualmente na serigrafia da Fábrica de Esperança. Condenado a 14 anos por tráfico de drogas, Feliciano já cumpriu três anos e quatro meses de prisão e finaliza afirmando que hoje Alagoas vive uma realidade diferente, pois consegue ressocializar parte dos seus presos.

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